quarta-feira, junho 15, 2011

Oficinas Pedagógicas de Língua Portuguesa por Jair Pereira

No próximo dia 21/06, das 8 horas às 12 horas, na Faculdade Municipal de Palhoça, acontecerá a segunda oficina pedagógica preparatória para a Olimpíada Municipal de Língua Portuguesa. Participarão desse encontro professores da 4ª série do ensino fundamental de oito anos e os professores de Língua Portuguesa das séries finais. Também devem participar os responsáveis pela Olimpíada da unidade escolar.
A participação nessa formação é etapa integrante das ações que envolvem a Olimpíada Municipal de Língua Portuguesa.
A proposta dessa oficina é ampliar e diversificar o trabalho com gêneros textuais nas escolas da rede municipal de Palhoça.
Ao longo do ano de 2010, pode-se perceber a necessidade latente de se trabalhar, de forma mais consistente, os gêneros textuais em sala de aula. Essa constatação reflete-se visivelmente nas dúvidas que muitos professores demonstram acerca das questões que envolvem a produção de textos.
Acreditamos que por meio de oficinas pedagógicas, o (a) professor (a) do ensino fundamental terá a oportunidade de estudar o conceito de gênero textual e refletir sua prática em sala de aula, por meio de sequências didáticas que permite incluir os professores participantes numa rede de conhecimento.
As formações acontecem na modalidade semipresencial. Para isso, utilizamos material impresso. Além disso, a oficina contará com atividades presenciais e a distância, que serão acompanhadas pelo professor formador.
A oficina prevista para 21/06 está organizada da seguinte forma:
O tema dessa oficina são as diferentes práticas de produção textual em sala de aula e as concepções de ensino da escrita com seus diversos procedimentos metodológicos.
1. Objetivos dessa oficina: identificar as diferentes práticas de produção textual em sala de aula; refletir acerca das concepções de ensino que embasam o ensino da escrita; discutir os diferentes procedimentos metodológicos que organizam o trabalho com a escrita.
2. Conteúdos dessa oficina: práticas de produção textual; concepções de ensino da escrita; procedimentos de metodologia.
3. Atividades dessa oficina: retomada do desafio da oficina anterior, em pequenos grupos. Em seguida os participantes serão convidados a refletir sobre a prática de produção de textos em sala de aula, relembrando experiências significativas. Essas experiências serão relatadas por meio de texto escrito e apresentadas em forma de seminário. Em seguida, em pequenos grupos, discutirão semelhanças e diferenças entre os relatos de experiência. Ainda com o objetivo de repensar a prática de produção textual em sala de aula, cada participante responderá a seguinte questão: hoje, como são as suas práticas de produção textual em sala de aula? Após, iniciaremos algumas reflexões sobre as respostas atribuídas a questão anterior, questionando: há situações em que a escrita tem uso e função social?; há interlocução entre leitor e autor; Você define claramente para seus alunos a situação de comunicação: escrever com uma intenção, para alguém ler, escolhendo o gênero mais adequado para esse objetivo e o local onde vai circular?. Na sequência, faremos a leitura do texto Por dentro da proposta. Para cada lugar, um jeito de falar. Por intermédio desse texto, os participantes poderão refletir acerca da proposta de ensino da língua com foco na teoria de gênero.
4. Materiais necessários: papel, caneta, papel pardo, caderno do professor: Se bem me lembro.
5. Organização: diferentes formas de agrupamentos: individual, pequenos grupos ou coletivo.
6. Tempo de duração: 04 horas
7. Desafio dessa oficina: leitura das páginas 85, 86 e 87 do caderno do professor: Se bem me lembro que trata do trabalho a partir de sequência didática.
Contamos com a participação de todas as escolas da rede municipal.
Seguem fotos da 1ª oficina realizada no mês de março:







Capacitações em curso: Pró-Letramento Alfabetização e Linguagem por Jair Pereira

Chegamos aos décimo sexto encontro do Pró-Letramento em Alfabetização e Linguagem. Cerca de 30 professores da rede municipal de ensino participam dessa formação que é realizada em pareceria com a Universidade Federal de Santa Catarina. Os encontros são semanais e acontecem às terças-feiras, das 18 horas às 22 horas, na Faculdade Municipal de Palhoça - FMP. A carga horária é de 120 horas, distribuída da seguinte forma: 84 horas presenciais e 36 horas a distância.

O Programa Pró-Letramento é uma das ações de formação continuada desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Educação em 2011. Serão várias as possibilidades de formação para os professores municipais, nas diversas áreas de ensino. Nenhum profissional de ensino receberá menos do que 40 horas de capacitação ao longo de 2011.

O município de Palhoça, hoje, é reconhecido no estado de Santa Catarina pelo investimento que realiza na formação de seus profissionais. Muitos municípios reconhecem o avanço de Palhoça quando se trata de capacitação profissional, pois o Setor de Capacitação criado pela atual gestão permite a organização e a continuidade do trabalho pedagógico na Secretaria Municipal de Educação e Cultura.

A visibilidade do trabalho desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação,via Setor de Capacitação, é possível graças a criação desse blog, em 2009, que possibilitou o registro e o arquivo das ações de formação continuada. Esse blog possibilita, além da visibilidade do trabalho, a troca de experiências entre os professores da rede municipal de ensino, a interação do professor com o próprio Setor de Capacitação, o acesso a informações logísticas das capacitações, entre outras informações pertinentes.

Eventos promovidos por outras instituições também podem ser acompanhados pelo blog. Na verdade, o professor tem acesso a informações relevantes acerca de sua área de atuação. Para exemplificar: os professores de matemática da rede municipal descobriram, via blog e capacitação, que os seus alunos podem concorrer ao Programa de Iniciação Científica ao conquistarem menção honrosa na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas públicas.



Pró Letramento - Matemática - 14º e 15° encontros por Karina Z Jacomelli A

Grandezas e Medidas foi o tema do 14° e 15° encontros do curso pró-letramento em matemática. A leitura de textos e projetos (em anexo), oferecidos pelo material do MEC, possibilitou uma rica discussão acerca do tema proposto.

Texto “Grandezas e medidas no ensino fundamental”

O conteúdo referente a grandezas e medidas está vinculado ao cotidiano do aluno e é de total relevância no mundo em que vivemos. São inúmeras as situações nas quais a necessidade de medir se faz presente: tecido na loja, temperatura de uma criança, pesagem de legumes em um supermercado, pressão arterial, horas extra trabalhadas, juros na prestação atrasada, etc.

Para os professores, essas situações são tão naturais que, ao trabalhar com seus alunos, acabam passando despercebidas. Até mesmo porque, tem-se a impressão de que trabalhar medidas é sinônimo de mobilizar instrumentos com medições convencionais como a fita métrica e a trena, ou não convencionais como o passo e o palmo. Situações problemas partindo da prática adquirida na convivência social da criança deixam de ser contempladas, principalmente, quando estas não tratam de medida de comprimento.


Durante a discussão, uma professora falou da capa do livro de seus alunos:


Podemos ver um instrumento de medida de tempo não mais utilizado: a ampulheta. Essa observação ressaltou o fato de que a forma como medimos hoje não é a mesma de tempos atrás. Ao longo da história, foram realizadas mudanças na tentativa de chegar cada vez mais em um sistema de medidas que não trouxesse conflitos entre os povos, por conta da exatidão de instrumentos de medição.


Interessante observarmos que, nos dia de hoje, ainda há pessoas que verificam o tempo (hora) olhando a posição do sol, em vez de olhar um relógio. E pessoas, como a mãe de um dos professores, que medem a área da cozinha utilizando passos.

Outro ponto do texto que mereceu destaque refere-se ao obstáculo epistemológico[1], uma vez que trabalhar grandezas e medidas é permitir a criação de um novo campo numérico: os números racionais.

Nesse novo campo numérico é normal a criança raciocinar da mesma forma que no conjunto dos números naturais, criando diversos obstáculos. Dentre eles:

- Comparação entre frações: acostumados com a relação 3 > 2, terão que construir uma escrita que lhes parece contraditória, ou seja, ½ > 1/3;
- Comparação entre decimais: se o tamanho da escrita numérica era um bom indicador da ordem de grandeza, no caso dos números naturais (8345 > 41), a comparação entre 2,3 e 2,125 já não obedece ao mesmo critério;
- Multiplicação com frações: se ao multiplicar um número natural por outro natural (sendo este diferente de 0 ou 1) a expectativa era a de encontrar um número maior que ambos, ao multiplicar 10 por 1/2 se surpreenderão ao ver que o resultado é menor do que 10;

Com isso, para o trabalho com os significados e com as representações dos números racionais, é de extrema importância dar tempo à criança para que ela possa romper conhecimentos anteriores construídos no trabalho com os números naturais.

Projeto A “Nossa Alimentação”

O projeto “Nossa Alimentação” foi elaborado para os três primeiros anos do ensino fundamental e propõe três diferentes atividades, ligadas entre si:

1. Vamos construir um canteiro de horta? – Nessa atividade, um dos objetivos está direcionado para o conceito de medida de comprimento.
2. Fazendo a feira – Um dos objetivos dessa atividade é resolver situações problemas utilizando o sistema monetário.
3. Vamos fazer “gelinho”? – Dentre os objetivos tem-se o trabalho com a medida de temperatura.

Juntamente com a apresentação do projeto, experiências vividas em sala de aula foram relatadas. Um professor contou como se deu a construção de uma horta em sua escola e, outra professora, como se deu a construção de uma horta comunitária pela escola.

Projeto B “O Lixo”

O projeto “O Lixo” foi elaborado para os dois últimos anos do ensino fundamental e, também, propõe três diferentes atividades, ligadas entre si:

1. A problemática do lixo – Um dos objetivos dessa atividade é trabalhar medidas de massa.
2. O tempo de decomposição do lixo – Como objetivo tem-se o desenvolvimento referente a medida de tempo.
3. A reutilização de materiais – Nessa atividade objetiva-se o trabalho com medida de capacidade.

Assim como no projeto A, os professores relataram experiências vividas em sala de aula referente ao tema lixo.

Terminamos o encontro com assuntos administrativos, e com esclarecimentos quanto às tarefas individuais a ser realizada a distância. Uma delas solicita que o professor escolha uma atividade a fim de aplicá-la para sala de aula. Após essa aplicação, que elabore um relato contendo o registre fatos relevantes, resultados, avaliação, aspectos positivos e negativos, propostas de alterações, sugestões de ampliação da atividade, etc. Se possível, o professor pode fotografar alguns momentos significativos deste trabalho com seus alunos.

[1] A noção de obstáculo epistemológico foi descrita inicialmente pelo filósofo francês Gaston Bachelard. Ele observou que a evolução de um conhecimento pré‐científico para um nível de reconhecimento científico passa, quase sempre, pela rejeição de conhecimentos anteriores e se defronta com um certo número de obstáculos. Assim, esses obstáculos não se constituem na falta de conhecimento, mas, pelo contrário, são conhecimentos antigos, cristalizados pelo tempo, que resistem à instalação de novas concepções que ameaçam a estabilidade intelectual de que detém esse conhecimento.

Para mais informações, acesse os links anexados nesta postagem.



Anexos:

1) Obstáculo epistemológico - people.ufpr.br/~trovon/cursos/especializacao2009/obstaculos.pdf acessado no dia 15/06/2011
2) Texto e projetos do fascículo 5 - http://www.megaupload.com/?d=R59D79J0
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