quarta-feira, agosto 31, 2011

Visita à aula de “Andréia Terezinha Schmitt Assunção” e “Ângela Maria Araujo Ottoni” por Karina Zolia Jacomelli Alves

Andréia Terezinha Schmitt Assunção e Ângela Maria Araujo Ottoni, professoras das séries iniciais do ensino fundamental do Grupo Escolar Guilherme Wiethorn Filho, me receberam no dia 26 de agosto de 2011 para assistir uma aula de suas sequências didáticas. A aplicação desta sequência didática é uma das condições, colocada aos professores para a conclusão do curso de formação continuada, do setor de capacitação.

A sequência didática tem como tema “Trabalhando com o ábaco no processo ensino e aprendizagem” e, nesta terceira aula, o objetivo foi realizar um ditado de números com o ábaco. Vale ressaltar que este ábaco foi construído pelos alunos com isopor, palitos de churrasco, lacres de latas de refrigerantes e guache, que as professoras Andréia e Ângela se revezavam no atendimento e direcionamento do ditado aos alunos e que, durante toda a aula, trabalhou-se o sistema posicional para unidades e dezenas.

O ditado se deu de duas formas:
- a professora ditava um número de 0 a 60 para os alunos escreverem em uma folha (ou no quadro) e depois para representarem no ábaco.
- a professora representava um número no ábaco e os alunos liam a representação para escrever o número na folha.

Utilizar o ábaco em uma turma do 1° ano do ensino fundamental é uma atitude desafiadora que continuará, segundo as professoras, nas próximas aulas com a adição e subtração de números naturais.

Parabéns Andréia e Ângela pela dedicação, desempenho, enfim, pelo prazer que vocês têm ao desenvolver atividades como essa.

Obs: posteriormente, a sequência didática das professoras Andréia e Ângela, será postada neste blog.


quarta-feira, agosto 24, 2011

Visita à aula de “Rodrigo Luís dos Santos” por Karina Zolia Jacomelli Alves

Rodrigo Luís dos Santos, professor de matemática das séries finais do ensino fundamental da Escola Básica Municipal Adriana Weingartner, me recebeu no dia 22 de agosto de 2011 para assistir duas aulas de sua sequência didática. A aplicação desta sequência didática é uma das condições, colocada aos professores para a conclusão do curso de formação continuada, do setor de capacitação.

Com o tema “Resolução de problemas voltados para Geometria” o professor trabalhou perímetro e área de figuras geométricas planas. Para isso, foi solicitado que os alunos se dividissem em cinco grupos. Cada grupo deveria resolver nos cadernos cinco problemas entregues em uma folha e, apenas um deles, no quadro (o problema de cada grupo para ser resolvido no quadro foi determinado por meio de um sorteio).

Todos os problemas propostos exigem a leitura de figuras planas, tanto as tradicionais (figura do problema 5 abaixo, com trapézio e retângulo), como aquelas formadas pelas figuras tradicionais (figura do problema 4 abaixo, formada com quadrados e triângulos).


(Problema 5)


(Problema 4)


Durante a aula ficou visível que problemas desse tipo exigem do aluno argumentos que expliquem a estratégia escolhida e que isso, quase sempre, não é uma tarefa fácil para ele. Por isso, é comum esses alunos deixarem de observar características da figura quando seus argumentos não dão mais conta do que fazem, e a solução é “chutar” a resposta. Como exemplo, vejamos o argumento de um dos grupos para o problema 4, que solicitava a área da figura sombreada: aqui se resolve como se fosse um quebra cabeça, vamos juntando pedaços que formam um quadrado com 1cm² de área. Mas o problema está neste pedaço (região sombreada abaixo), porque não dá um quadrado exato e temos que arredondar. Nós arredondamos para cima, parece que dá mais que um quadrado inteiro. Mas poderia ser arredondado para baixo.


É importante ressaltar que o professor Rodrigo, durante a apresentação dos grupos, permitiu que todos pudessem opinar. Dessa forma, ele possibilitou a diversidade de resoluções que podem ocorrer para cada um dos problemas.

Parabenizo você, Rodrigo, pelo desafio de levar aos alunos problemas que fizeram parte de provas das Olimpíadas Brasileira de Matemática – OBM. Isso porque, segundo umas de suas alunas, são problemas que parecem difíceis e impossíveis de resolver, mas com boa vontade e esclarecimento de pequenas dúvidas se tornam fáceis.

Obs: posteriormente, a sequência didática do professor Rodrigo será postada neste blog.





quarta-feira, agosto 17, 2011

Sequência Didática por Rosemere Maria Espíndola, E.B. Professor Neri Brasiliano Martins

Áreas: Língua Portuguesa, Ciências e Geografia

Tema: Proteção e conservação da água

Série: 4 série


Introdução



O que a gente vê em todo lugar não é o que a gente aproveita. Mais de 97% da água do planeta é de mares. Não serve nem para o uso industrial. A água potável mais pura da natureza está nas calotas polares e nas geleiras, que armazenam 2% da água do planeta. Muito frio e muito longe. Lençóis subterrâneos, lagos, rios e atmosfera guardam o 1% restante, E é só essa que está a disposição.

A necessidade de água cresce ainda mais rápido do que o aumento dapopulação.

A água é muito importante paraa vida humana. Ela ajuda na assimilação dos alimentos e na excreção de resíduos e toxinas, além disso é uma das principais fontes de sais minerais, necessários ao equilíbrio do organismo. Por tudo isso, precisamos respeitá-la, usá-la de forma adequada e preservar nossas fontes naturais.

Sendo assim, com este trabalho pretende-se destacar a importância e a conservação da água em nossa vida e no Planeta Terra.


Conteúdos: leituras de textos informativos, poema, música, etc., produção de textos orais e escritos, cruzadinha, caça- palavras, trabalho em grupos, pesquisa, carta enigmática e teatro.


Objetivo Geral

Oferecer meios efetivos para que cada educando compreenda os fatos naturais e humanos a esse respeito. Desenvolva suas potencialidades e adote posturas pessoais e comportamentos sociais que lhe permitam viver numa relação construtiva consigo mesmo e com seus meios, colaborando, protegenso e preservando todas as manifestações de vida no planeta.


Objetivos Específicos

Identificar as principais fontes de poluição da água no local onde vive.

Reconhecer a importância de economizar água.

Compreender o ciclo da água no meio ambiente.

Propor soluções para evitar o desperdício da água.

Conhecer e compreender a declaração universal dos direitos da água.

Desenvolver a criatividade por meio do texto e da música.

Produzir coletivamente um história e apresentá-la para os colegas.

Conscientizar sobre a preservação e o cuidado com a água.


Tempo estimado: 20 dias


Material necessário: textos mimeografados ou xerocados, quadro branco, canetão, borrachas, lápis, pincel atômico, cola, tesoura, aparelho de som, CD, EVA, TNT, linha, elástico, dicionário, folhas de papel ofício, livro didático, etc.


Metodologia: aulas dialogadas, explicativas e expositivas.


Desenvolvimento das Atividades



Primeira etapa: iniciar a atividade fazendo um levantamento prévio do que os alunos sabem sobre a água. Após texto informativo: Água por toda parte e Água sem desperdício, páginas 25 e 26 do livro didático Porta Aberta de ciências do 5 ano. Esse texto será interpretado.


Segunda etapa: apresentar a música Planeta Água de Guilherme Arantes. Os alunos irão receber a letra xerocada, onde irão primeiro escutá-la e depois cantá-la. Será feita a interpretação da música.


Terceira etapa: conhecer o ciclo da água por meio de um painel que a escola possui. Utilizar a música Água e a atividadede caça-palavras.


Quarta etapa: será trabalhado o poema Ciclo com interpretação oral. Os alunos farão um desenho sobre o ciclo da água e decifrar a carta enigmática.


Quinta etapa: conversar com os alunos sobre como a água fica poluída, utilizando o texto jornalístico "Poluição dos Oceanos", que será interpretado.



Sexta etapa: apresentar os textos do livro de ciências com o título "A contaminação da água e consequências para os seres vivos" do livro, páginas 27 e 28. Após ler e explicar, conversar com os alunos sobre o texto. Pedir para que eles pesquisem em casa sobre doenças causadas pela contaminação da água e trazer para a sala. Exemplos: Cólera, Hepatite, Poliomielite, Lepetospirose, Esquistossomose, Dengue, Febre Amarela e Malaria.


Sétima etapa: após a pesquisa feita pelos alunos sobre as doenças, estes serão divididos em equipes e cada uma ficará responsável de escrever e explicar sobre duas doenças.


Oitava etapa: apresentação dos trabalhos das equipes sobre as doenças. Utilização do texto "O desmatamento na amazônia altera o ciclo da água no Brasil", na página 34 do livro de ciências.


Nona etapa: os alunos em grupos de 4 irão escrever dicas de como economizar a água. Vai ser exposto no dia do meio ambiente no mural da escola. Resolver uma atividade com mapa mundi que estará em anexo.


Décima etapa: texto sobre a declaração dos direitos da água. Em duplas os alunos irão escolher um dos artigos da declaração para que seja reproduzido e ilustrado, pois será exposto no mural da escola.


Décima primeira etapa: produzir um texto com o título: A importância da água em nossa vida.


Décima segunda etapa: produzir coletivamente com a professora uma narração sobre a poluição da água com a quarta série turma 01, onde este texto será a história do teatro a ser apresentado para as outras turmas da escola. Com a quarta série turma 02, será ensaiado uma música para ser apresentada as outras turmas da escola, no dia 03/06/2011.


Décima terceira etapa: após redigitar a história para o teatro os alunos juntamente com a professora irão confeccionar as roupas dos personagens com TNT e EVA e escolher os alunos para os personagens. Na música todos da quarta série turma 02 irão participar.


Décima quarta etapa: ensaios do teatro e da música.


Décima quinta etapa: finalizar esta sequência com as apresentações do teatro pela quarta série turma 01 e da música com a quarta série turma 02 para os outros alunos das séries iniciais da escola.


Avaliação: será por meio dos trabalhos realizados, da participação, interesse, atividades, música e teatro; em todos os momentos da realização da sequência didática.


Bibliografia

RADESPIEL, Maria. Alfabetização sem segredos. Meio Ambiente. Editora: Iemma. vol 1 e 2. Minas Gerais, 2004.

GIL, Ângela Bernardes de Andrade; FANIZZI, Sueli. Porta Aberta. Editora: FTD, 1 edição. São Paulo, 2008.

Jornal de São Paulo, 17 de março de 1998.

terça-feira, agosto 16, 2011

Formação Continuada para professores de Língua Inglesa por Jair Joaquim Pereira

No dia 15/08/2011, nas dependências da Faculdade Municipal de Palhoça, aconteceu a primeira etapa de formação continuada para professores de Língua Inglesa da rede municipal de ensino. Participaram 08 profissionais. O curso foi ministrado pelo professor Gilberto da Silva que também é professor do município. Mais 04 etapas de formação serão oferecidas aos professores, até outubro/2011. Todos os professores efetivos da rede terão a oportunidade de garantir 40 horas de formação continuada anual, conforme estabelece o Estatuto do Magistério.
Além desses encontros presencias, os professores cursistas deverão desenvolver e aplicar sequências didáticas em sala de aula, dando continuidade ao projeto do Setor de Capacitação. O trabalho com sequência didática é uma realidade em muitas escolas municipais, agora chegou a vez de os professores de Inglês experimentarem essa metodologia de planejamento com os seus alunos.
A avaliação desse primeiro momento é bastante positiva. Percebemos que os professores sentiram-se prestigiados em ter um colega da rede, em sala de aula, como ministrante da oficina. Outro fator bastante positivo é o fato de Gilberto conhecer a realidade atual das escolas do município, com isso ele pode propor estudos mais próximos das necessidades do professor e dos alunos. Além disso, a participação dos cursistas foi maior, porque estavam interagindo com alguém que conhecem, dessa forma, a relação de cumplicidade e de confiança ampliou-se.
Esperamos que esses momentos de troca de experiências e estudos reflitam em qualidade de ensino para os nossos alunos. É por isso que de forma constante, desde 2009, a Secretaria Municipal de Educação investe na formação continuada do professor.

Abaixo seguem fotos dessa formação:






segunda-feira, agosto 15, 2011

Grupo Escolar Professora Francisca Raimunda

Estive na tarde do dia 15/08/2011 nesta escola e parabenizo as professoras, direção e todos os demais funcionários pelo excelente trabalho realizado. A escola deve ser um local de aprendizado e interação, e com certeza este é um processo executado com sucesso nesta escola. Professores dedicados e criativos despertando nas crianças o prazer de estudar, estimulando a oratória por meio do Projeto Palanquinho, onde as crianças apresentam seus trabalhos orientados pelos professores. Que procuram trazer os pais para a escola numa interação pouco observada nas intituições de ensino, que incentivam o valor da família e as responsabilidades destas para com seus filhos, com a ajuda da "Chiquinha"!!! Demonstrando que com ações simples pode-se alcançar o sucesso.

Mais uma vez parabéns a todos.

Por Márcia Brüggemann Spricigo

Cursos mês de AGOSTO

Comunicamos que no mês de agosto serão realizados os seguintes cursos (cronograma abaixo):

Disciplina: Inglês
Dias: 15, 22 e 29/08
Hiorário: 8:00 às 12:00
Local: Faculdade Municipal (FMP)

Disciplina: Ed. Física
Dias: 18 e 25/08
Horário: 8:00 às 12:00
Local: Faculdade Municipal (FMP)

Disciplina: História e Geografia
Dia: 29/08
Horário: 13:00 às 17:00
Local: Faculdade Municipal (FMP)
Público: Professores das séries finais do ensino fundamental

Disciplina: Matemática (último encontro presencial)
Dia: 30/08
Horário: 14:00 às 17:00
Público: Professores das séries finais do ensino fundamental
Local: Auditório da Prefeitura

Disciplina: Português
Dia: 18/08
Horário: 8:00 às 12:00
Local: Faculdade Municipal (FMP)
Público: Professores das séries finais do ensino fundamental e professores de 4ª série.

quarta-feira, agosto 10, 2011

OBMEP - Mudança de data para a 1ª fase

A data de aplicação referente a 1ª fase da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) foi alterada. No site http://www.obmep.org.br/prova_1a_fase_adiada.html foi postado a seguinte justificativa:

Prezados Diretores e Professores, Escolas Inscritas na OBMEP 2011

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação - CNTE - está convocando todos os professores para uma paralisação nacional no dia 16 de agosto, data que coincide com a aplicação das provas da 1a Fase.

Devido ao grande número de escolas que procurou a OBMEP Central, preocupadas com essa coincidência, achamos por bem transferir a aplicação das provas da OBMEP para o dia seguinte, ou seja, QUARTA-FEIRA, DIA 17 DE AGOSTO. Todas as demais datas continuam inalteradas.

Contamos com a compreensão e colaboração de vocês no sentido de divulgar essa alteração aos seus professores e alunos. Estamos à disposição para demais esclarecimentos.

Cordialmente,
Equipe OBMEP

segunda-feira, agosto 08, 2011

Matemática – Sequência didática para a 6ª série do ensino fundamental por Regina de Oliveira Melo

Escola Básica Municipal Prefeito Reinaldo Weingartner
Professora: Regina de Oliveira Melo
Área: Matemática – Data da aplicação: 20/07/2011

Tema
Resolução de Problemas

Introdução
A resolução de problemas, nesta sequência didática, proporcionará aos alunos uma aprendizagem mais significativa de conteúdos já trabalhados anteriormente: fração e área. Os problemas selecionados foram tirados das provas de anos anteriores da OBMEP. Isto porque, trabalhar a resolução de problemas é permitir o uso de diferentes habilidades como: processar informação, pensar logicamente, generalizar esquemas típicos de raciocínio e operações, estabelecer relações matemáticas, formular hipóteses. E também, para prepará-los e incentivá-los para as provas da OBMEP.

Série: 6ª série do ensino fundamental
Conteúdos: Frações e áreas

Objetivos
- Reconhecer os conceitos de frações e áreas em situações problemas;
- Representar e resolver situações problemas com frações e áreas.

Tempo estimado: cinco aulas de 45 minutos
Material necessário: cópias das questões escolhidas das provas anteriores da OBMEP; cola; caderno do aluno; folhas brancas.

Desenvolvimento
- A turma será dividida em nove grupos;
- Cada grupo receberá um problema diferente dos demais para colar no caderno;
- Em uma folha branca, todos resolverão o problema do grupo;
- Um representante de cada grupo apresentará a solução de seu problema ao grande grupo;
- Na apresentação os demais grupos poderão acrescentar ou sugerir novas estratégias;
Obs: todos os alunos, após apresentação, terão acesso aos nove problemas.

Avaliação
- Envolvimento em pequeno e grande grupo;
- Tarefa cumprida.

Referencia
Provas dos anos anteriores da OBMEP – http://www.obmep.org.br/

Anexo









Resultados – Portfólio

“Um novo desafio nos deixa com medo, mas a realização do mesmo nos dá satisfação” (Regina de Oliveira Melo)

Avaliação feita pelos alunos


“Foi legal porque lembramos as matérias aprendidas anteriormente, foi uma aula diferente e trabalhar em grupo é bom sendo que a maioria cooperou. Também ficou mais fácil e rápido para chegar na solução.”
“A professora ajudou fazendo perguntas e mostrando maneiras de chegar à resposta.”
“A professora Karina também ajudou mostrando caminhos diferentes dos nossos e viu que usamos maneiras diferentes dela para chegar à solução e gostou.”

Avaliação feita pela professora Regina


“Foi uma aula gratificante porque percebi que a maioria gostou da aula diferente, o horário foi à tarde sendo que eles estudam pela manhã, trabalharam em grupo. A professora Karina ajudou-me na avaliação de cada componente dos grupos porque passou por todos ouvindo e contribuindo na solução das questões.
Precisei de mais duas aulas de 45 minutos para a solução e apresentação do grupo 8 e também da apresentação do grupo 9. Sobre o grupo 8 escolhi dois alunos que faltaram no dia anterior e todos os outros alunos resolveram o problema.
Se tivesse mais tempo deixaria só eles resolver as questões sem interferir na solução, mesmo errada e também entregaria as outras questões ao grupo que terminasse antes.”


Resolução feita pelos alunos - acesse http://www.megaupload.com/?d=TDBY84DJ


Fotos


quarta-feira, agosto 03, 2011

Relatório de Atividades do Pró-Letramento: Alfabetização e Linguagem por Jair Pereira

Nos dias 17/05/2011 e 31/05/2011, das 18 horas às 22 horas, na Faculdade Municipal de Palhoça, aconteceram o 11º e o 12º encontro do Programa de Formação Continuada: Pró-Letramento Alfabetização e Linguagem, com os professores da rede municipal de ensino. O tema desses encontros é o domínio das relações fonêmico-grafêmicas. Na verdade, deu-se continuidade as discussões feitas no encontro anterior.
Os conteúdos debatidos foram os seguintes: relações fonêmico-grafêmica; grafemas (cujo valor não depende do contexto, cujo valor depende do contexto), o domínio das regularidades e irregularidades ortográficas.
No dia 17/05/2011, num primeiro momento, apresentamos aos cursistas o plano de trabalho, destacando que o objetivo desse encontro é o de continuar o reconhecimento as especificidades do sistema alfabético, destacando as relações fonêmico-grafêmicas, em especial as especificidades dos grafemas, que suscitou muitos questionamentos entre os cursistas. Uma vez que o entendimento de grafema, até esse momento, estava diretamente ligado ao conceito de letra, especialmente nos livros didáticos dos anos iniciais do ensino fundamental. Segundo os cursistas, a discussão que o livro didático propõe para relações fonêmico-grafêmicas é muito superficial. Assim, iniciamos a leitura e discussão da unidade II do fascículo 1: dominar as relações fonêmico-grafêmicas. Explicamos aos cursistas, de forma detalhada, as regras de correspondência entre fonemas e grafemas, organizando–os em dois grupos: o dos grafemas cujo valor não depende do contexto e daqueles cujo valor é dependente do contexto. Chamamos a atenção para o fato de que o trabalho sistemático dessas capacidades é fundamental nos momentos iniciais da alfabetização.
Em seguida, apresentamos o slide de número 6 que retoma a discussão anterior. Consideramos um momento importante a apresentação dos slides, pois mostrou de forma mais objetiva e prática, aos cursistas, as capacidades elencadas na Unidade II do Fascículo 1. Ressaltamos que essa apresentação suscinta serve apenas para que o cursista construa um entendimento do quanto é importante um aprofundamento teórico acerca das relações fonêmico-grafêmicas.
Por meio dos slides, os cursistas perceberam que muitas atividades direcionadas à apropriação do sistema alfabético podem ser desenvolvidas a partir de gêneros textuais, como o conto, o bilhete, a poesia. Os jogos também despertam maior interesse na criança e, sem dúvida, torna o ambiente alfabetizador mais alegre, dinâmico e interativo. Durante a apresentação, os cursistas observaram o quanto os jogos são fundamentais para o domínio das convenções ortográficas, por exemplo. Além disso, no processo inicial de alfabetização são extremamente eficazes, pois estimulam o raciocínio e a cooperação. Um dos cursistas salientou que por meio das discussões disseminadas a partir do Pró-Letramento, o grupo estava construindo um novo entendimento sobre o processo de alfabetização. Entendimento esse que não foi possível durante a formação inicial.
Ao final do décimo primeiro encontro, os cursistas compreenderam o quanto é fundamental o entendimento mais consistente acerca das especificidades que determinam a relação entre fonemas e grafemas. Constataram, mais uma vez, que a prática alfabetizadora perde seu direcionamento e o processo de ensino-aprendizagem fica prejudicado na ausência de conhecimento teórico. Outro curista ainda concluiu que o professor alfabetizador precisa adquirir essa consciência de estudo permanente. Não é mais possível alfabetizar com qualidade sem fundamentação teórica.
Dando prosseguimento às atividades, no dia 31/05/2011, solicitamos aos cursistas que retomassem a unidade II do fascículo 1 para que pudéssemos em grupo esclarecermos possíveis dúvidas remanescentes do encontro anterior. Chamamos a atenção, especialmente, para a relação entre fonema e grafema. Nesse encontro, direcionamos o trabalho para a resolução e a discussão das atividades.
Posteriormente, os cursistas, em duplas, responderam algumas questões propostas para esse encontro. Algumas atividades foram encaminhadas para ser realizadas durante a semana, pois não haveria tempo suficiente. Após responderem as primeiras atividades solicitadas, os cursistas, em dupla, apresentaram ao grande grupo as respostas. Foi um momento significativo, pois questionamentos foram feitos e conclusões foram tiradas. Na verdade, essa troca contribuiu para consolidar a discussão teórica do encontro anterior. Mais uma vez um dos cursistas ressaltou a importância da troca de experiências que os encontros do Pró-Letramento estão permitindo. Sem esses momentos, o professor não modifica a sua prática.
Após o intervalo, orientamos os cursistas que retomassem as atividades a distância e refletissem, pois muitas atividades estão diretamente ligadas à prática pedagógica do cursista. Insistimos que aproveitassem essas atividades para, quem sabe, redefinir a prática pedagógica alfabetizadora. Para finalizar esse encontro, combinamos com os cursistas que as atividades desenvolvidas deveriam ser entregues no encontro seguinte. Solicitamos, também, que organizassem uma breve apresentação para que todo o grupo tivesse acesso às atividades planejadas.

Abaixo fotos desses encontros:










Pró Letramento - Matemática - 18° encontro por Karina Z Jacomelli A

Avaliação da Aprendizagem em Matemática nos Anos Iniciais foi o assunto tratado no 18° encontro do curso pró-letramento. A discussão foi provocada por meio de quatro tarefas.

A primeira delas questionava os professores quanto à imagem que têm de seus alunos em momentos de aprendizagem e avaliação. Essa imagem se modifica ou permanece nesses dois diferentes momentos? As opiniões se divergiram. Acredito que essa divergência se deu pelas diferentes formas de avaliar praticadas nos anos iniciais do ensino fundamental da rede municipal: nota, conceito, atitudes, entre outras. Dentre todas as falas, destaco:

- A imagem modifica porque na aprendizagem os alunos são mais espontâneos;
- É preciso romper a barreira do que é avaliação para gente... È difícil ter o mesmo olhar... na aprendizagem é mais natural. O aluno muda na avaliação e, consequentemente, muda o olhar do professor;
- Penso que esses dois momentos andam juntos. Não deveríamos mudar. E mesmo que sejam separados a dinâmica das duas não deve mudar, a mediação tem que continuar. Por exemplo, há professores que em dia de provas não aceitam responder as dúvidas colocadas de seus alunos. Ficam todos quietos, cada um em seu canto.

Inevitavelmente, durante a discussão, outros itens sobre avaliação foram colocados: a não análise da avaliação do aluno como um reflexo do trabalho que faz o professor e, nas aulas de matemática principalmente, professores que querem a resposta igual a deles, não aceitando a diversidade de resoluções.


A segunda tarefa complementa a primeira: que leituras podemos fazer das imagens (abaixo) que faz um educador para representar suas concepções sobre questões educativas, neste caso, imagens referentes à avaliação.

Foi unânime a leitura de que o professor põe rótulos em seus alunos. Segundo os cursistas, além de errada essa atitude é perigosa. Há professores que culpam seus alunos por não querer estudar justificando de diferentes maneiras: ele é mal educado, é desorganizado, não quer fazer as atividades, etc. Mas quando que um aluno vai aprender a estudar? Quando um adulto o ensinar, quando alguém lhe mostrar que estudar é gostoso e faz bem.


A terceira tarefa rompe, em partes, essa discussão sobre a imagem que se faz dos alunos para dar lugar ao papel do erro nas avaliações. Os professores, ao observar a resolução feita por uma aluna, Maria de 8 anos, de uma situação-problema (abaixo), pensaram nas seguintes questões: Como você avalia a solução dada por Maria? Qual é a dificuldade apresentada por ela? Como você, professor ou professora, poderia intervir neste processo de aprendizagem? É pertinente, nesta situação, desconsiderar a evolução cognitiva da aluna, valorizando apenas o resultado final?



Todos que se colocaram não descontariam toda a questão desta aluna e concordaram que uma intervenção deva acontecer, principalmente, se este erro cometido foi pela falta de compreensão na operação de subtração. A primeira intervenção poderia se dá permitindo que a aluna explique o que fez, pois assim o professor saberia de fato o que falhou nesta resolução.

Foi de comum acordo que toda a resolução deva ser considerada, uma vez que o erro é uma questão fundamental no processo avaliativo e representa, entre outras manifestações do aluno, indícios do seu processo de construção de conhecimentos. Mas, um cursista destacou um fato importante: o professor deve, também, incentivar o acerto total das situações-problemas dadas, pois existem avaliações como a Prova Brasil onde questões quando “meia” errada é totalmente errada. Isso porque a resposta encontrada deve ser assinalada e apenas ela é considerada no momento da avaliação.


A última tarefa partiu da seguinte situação: Caroline, de 7 anos, aluna da 1ª série do Ensino Fundamental, resolveu da seguinte forma o exercício apresentado pela professora:


Ao corrigir o exercício, a professora fez o seguinte comentário: Caroline, quase que você tira 10, pena que errou a ilustração, pois não desenhou os peixes que Jeremias pescou. Caroline, imediatamente, responde: Mas, professora, os peixes estão dentro da caixa que está na mão do Jeremias.

Você, professor, já vivenciou alguma situação onde a intervenção do aluno interferiu na sua avaliação? Neste dia, três relatos foram dados:

- Um aluno, como tarefa, precisou pintar um prédio. Ele pintou todo de vermelho e a professora elogiou. Em seguida, o aluno pega um lápis cinza e pinta por cima do vermelho, mudando a cor do prédio. A professora quando viu, disse que não gostou e perguntou por que ele fez isso, já que o vermelho estava tão lindo. O aluno respondeu: professora, o prédio estava pegando fogo e agora está em cinzas.
- A mesma situação anterior, mas dessa vez a cor escolhida para pintar o prédio foi preta. O aluno justificou sua escolha dizendo que era noite.
- No enunciado de um problema duas informações são dadas para se calcular o troco de uma compra: gasto em função de uma compra, por exemplo, R$ 6,00, e o valor e quantidade de notas que alguém deu para pagar essa conta, por exemplo, 3 notas de R$ 5,00. Uma aluna relatou a professora que não havia entendido o problema. A professora, muito atenciosa, tentou por algum tempo ajudá-la até o momento que percebeu que sua aluna, na verdade, havia entendido sim. O que aconteceu é que ela não concordava com a situação: para que dar 3 notas de R$ 5,00 se apenas duas era suficiente?

Na sequência, com o objetivo de repensarmos a avaliação como uma ação compreensiva e mediadora da trajetória do aluno, falamos de portfólio. Os cursistas receberam o desafio de montar, cada um, o seu portfólio a partir de atividades levadas para sala de aula. Neste portfólio o professor poderá acompanhar o desenvolvimento de cada um de seus alunos de modo sistemático e contínuo, contribuindo, assim, para os momentos de avaliação.

Dessa forma, o encontro termina com esclarecimentos quanto à montagem deste portfólio que deverá ser socializado e entregue num encontro futuro.


Coragem professores! Temos muito trabalho pela frente, mas será um trabalho gratificante. Parabéns pela participação de todos vocês.