quarta-feira, junho 01, 2011

Prêmio Destaque Mulher Palhocense

No dia 30 de maio de 2011, com o objetivo de reconhecer, valorizar, homenagear e premiar mulheres que se destacaram no Município de Palhoça por suas ações, a Faculdade Municipal de Palhoça homenageou 26 mulheres, representando cinco diferentes áreas: Responsabilidade Social, Educação, Negócios, Política e Poder Público Municipal. Quinze dessas mulheres receberam a Medalha Olívia Emilia Guedert.

Natural de Palhoça, Olívia Emília Guedert Brum, nasceu no dia 28 de junho de 1907 e durante sua vida destacou-se na Política e Alta Costura, fazendo vestidos para a sociedade de Florianópolis. Nas décadas de 1960 e 1970, ela fez muitos vestidos para as noivas de Palhoça e de São José, inclusive para a filha do ex-governador Ivo Silveira, Elizabete. No âmbito da Política, em 1976, aos 69 anos, Olívia foi eleita vereadora pelo partido Arena e três anos depois, quando tinha 72, tornou-se presidente da Câmara dos Vereadores de Palhoça, a primeira e única mulher a ocupar esse cargo. Olívia faleceu em 16 de maio de 2001, um mês antes de completar 94 anos.

A seguir, os nomes das homenageadas:

EDUCAÇÃO:

- ALINE FILIPPUS

- KARINA ZOLIA JACOMELLI ALVES

- LUZINETE CARPIN

- MARIAH TEREZINHA NASCIMENTO PEREIRA

- SCHEILA MARIA BITTENCOURT

- TALITHA NAHAS CLAUMANN

NEGÓCIOS:

- IVONE WEISS

- JOYCE SILVEIRA

- MARIA DE LOURDES ROSA

POLÍTICA:

- DIRCE HEIDERSCHEIDT

- LAURITA MARIA DA SILVA DOS SANTOS

- MARIA SALETE WERLICH CORRÊA

PODER PÚBLICO:

- ARLENE MARLI WAGNER DA SILVA

- ERLI PAULO GISELE DA SILVA

- JOCELETE ISALTINA SILVEIRA DOS SANTOS

- MARIA TEREZINHA FLORES DA SILVA

- MARIA VERÔNICA GERALDI LIBERATO

- RITA DE CÁSSIA DA SILVA SCHMIDT

- THEREZINHA SILVA KNABBEN

RESPONSABILIDADE SOCIAL:

- ELIANE DA SILVA

- HILDA LEMOS

- IRMÃ NEVES

- MÁRCIA MURITA JANSEN

- MARIA DE LOURDES WESSLER

- MARIA DO CARMO RODRIGUES HILLESHEIM


Informações extraídas do site da Faculdade Municipal de Palhoça - http://www.fmpsc.edu.br/

Relatório do Programa Pró-Letramento: Alfabetização e Linguagem por Jair Joaquim Pereira

Nos dias 19/04/2011 e 03/05/2011, das 18 horas às 22 horas, na Faculdade Municipal de Palhoça, aconteceram o 9º e o 10º encontro do Programa de Formação Continuada: Pró-Letramento Alfabetização e Linguagem, com os professores da rede municipal de ensino. O tema desses encontros é o domínio do sistema alfabético no que diz respeito às relações fonêmico-grafêmicas, discussão tão importante em se tratando de alfabetização.
Os conteúdos debatidos foram os seguintes: apropriação do sistema da escrita; as diferenças entre a escrita e outras formas gráficas; convenções ortográficas; unidades fonológicas; a natureza alfabética do sistema de escrita; relação fonema/grafema.
No dia 19/04/2011, num primeiro momento, apresentamos aos cursistas o plano de trabalho, destacando que o objetivo desse encontro é o de reconhecer as especificidades do sistema alfabético. Assim, iniciamos a leitura e discussão da unidade II do fascículo 1: apropriação do sistema de escrita. Explicamos aos cursistas, de forma detalhada, cada uma das capacidades importantes para a apropriação do sistema de escrita do português que devem ser trabalhadas em sala de aula. Chamamos a atenção para o fato de que o trabalho sistemático dessas capacidades é fundamental nos momentos iniciais da alfabetização.
Em seguida, apresentamos o slide 5 que retoma a discussão anterior. Consideramos um momento importante a apresentação dos slides, pois mostrou de forma mais objetiva e prática, aos cursistas, as capacidades elencadas na Unidade II do Fascículo 1. Ressaltamos que muitas atividades envolvendo a música, por exemplo, despertam maior interesse na criança, tornando o ambiente alfabetizador mais prazeroso e dinâmico. Os jogos também são fundamentais nesse processo inicial de alfabetização, pois estimulam o raciocínio e a cooperação. Um dos cursistas salientou que estava claro que as crianças precisam de um espaço propício à alfabetização. E esse espaço passa necessariamente pelo planejamento de atividades interessantes que façam com que a criança participe de forma consciente. É notório que os cursistas, por meio das discussões disseminadas a partir do Pró-Letramento, adquiriram um novo olhar em torno da alfabetização. Claro que estamos ainda no início, mas os avanços já são significativos.
Ao final do encontro, os cursistas perceberam a importância do conhecimento profundo acerca das capacidades que embasam o sistema de escrita. Constataram, também, que sem conhecimento teórico a prática alfabetizadora perde seu direcionamento e o processo de ensino-aprendizagem fica prejudicado.
Prosseguindo as atividades, no dia 03/05/2011, solicitamos aos cursistas que retomassem a unidade II do fascículo 1, a fim de sanarmos possíveis dúvidas não esclarecidas, no encontro anterior. Aqui constatamos que os cusistas realmente leram o material solicitado, revelando comprometimento com as atividades do Pró-Letramento.
Posteriormente, os cursistas realizaram a leitura do quadro 2 da página 24, a fim de planejarem atividades, à luz de seu projeto de trabalho. As atividades compreendem as capacidades que embasam o sistema de escrita. Utilizamos, como exemplo, as atividades apresentadas no slide 5. Os cursistas organizaram-se em torno de seu projeto de trabalho e produziram atividades bastante significativas ao sistema de escrita. Esse momento de produção durou cerca de 2 horas.
Após o intervalo, sugerimos que as atividades planejadas circulassem no grupo, para que todos pudessem conhecer e sugerir sobre o que havia sido planejado. Também orientamos os cursistas que aplicassem, junto aos seus alunos, as atividades elaboradas e que, em seguida, relatassem esse processo de aplicação, comentando avanços e discutindo dificuldades. Insistimos que o registro escrito é uma forma adequada de redefinir a prática pedagógica. Sem esse registro, não é possível encaminhar mudanças na prática alfabetizadora. Na sequência, ainda recomendamos aos cursistas que voltassem às atividades planejadas e analisassem com atenção as sugestões do grupo.
Para finalizar esse encontro, reafirmamos aos cursistas que as atividades aplicadas, bem como o relatório de aplicação deveriam ser entregues no encontro seguinte. Solicitamos, também, que organizassem uma breve apresentação, destacando a aplicação das atividades em sala de aula.


A seguir fotos dos encontros:





SEGUNDO ENCONTRO DE HISTÓRIA PARA PROFESSORES DAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Na quinta-feira, dia 19/05/2011, foi realizada nas dependências do CAIC – Centro de Atenção Integral a Criança e ao Adolescente - o curso: Ensino de História nas Séries/Anos Iniciais: Memória e a “Alfabetização” do Olhar Histórico.

A composição do grupo participante foi de caráter multidisciplinar, ou seja, tínhamos professores (as) de várias áreas: informática, educação física, séries iniciais, artes, supervisoras, orientadoras. A maioria do público foi de professoras que atuam nas unidades de ensino contempladas. No total, mais de sessenta profissionais foram contemplados nos dois períodos em que estivemos juntos.

O curso em questão é de 20 horas e, esta etapa representou metade da carga horária. O restante, conforme combinado, será completado em atividades sistematizadas e aplicadas em sala de aula na forma de sequências didáticas. A partir do mês agosto estarei visitando as unidades e assessorando as professoras, bem como registrando minhas impressões e fazendo algumas fotografias.

A sistemática do encontro foi a promoção da troca de experiências, proporcionando a reflexão das práticas pedagógicas voltadas ao ensino de História. Abordamos questões voltadas à valorização dos trabalhos efetuados na rede e registrados pela equipe do Setor de Capacitação, implantado em 2009. Discutimos e construímos juntos os conceitos-chave da disciplina, mostrando que é possível um ensino de História para crianças, por meio de uma práxis[1] bem fundamentada. Práxis esta que proporcionará aos educandos o desenvolvimento da transição da consciência intransitiva para a consciência transitivo-crítica[2]. Trata-se de subsidiar a transição da consciência intransitiva para a transitivo-crítica, objetivo atual do processo de letramento[3].

Com uma linguagem simples interagimos durante todo o encontro, dentro e fora da sala, promovendo além de informação e conhecimento, momentos de descontração. As professoras se mostraram interessadas e receptivas o que possibilitou uma abordagem de trabalho tranquila e dialogada. Quero explicitar aqui meus profundos agradecimentos à direção da unidade escolar junto ao corpo de funcionários, passando pelas profissionais da cozinha, informática, administração e aos participantes em geral.

Quanto à proposta do curso, segue abaixo, o “Plano de Curso” que, além dos conteúdos abordados, contempla os referenciais bibliográficos completos.
Enfim, mais uma vez, meu “muito obrigado” e até agosto!

(Prof. Valério – ministrante) 30/05/2011.

[1] Faz-se necessário que o educador compreenda que teoria e prática não se separam, ou seja, o vínculo teoria e prática forma um todo. A fundamentação, teoria e prática numa relação de unidade, impõe-se como uma relação que pressupõe diálogo, entre as duas, isto em curtas linhas é a “praxis”. (N.T. do autor)
[2] Consciência intransitiva: caracterizada pela forma quase vegetativa de vida, voltada aos desafios da sobrevivência biológica, destituída de historicidade, de homens “demitidos da vida”, ou “inadmitidos à vida”, em situação de “um quase incompromisso entre o homem e a sua existência”. Consciência transitivo-crítica: se caracteriza pela profundidade na interpretação de problemas e, é resultado de um trabalho formador. (BEISIEGEL, 2010).
[3] Atualmente a definição mais difundida é a apresentada por Magda Soares: "Letramento é o resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever, o estado ou condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como conseqüência de ter-se apropriado da escrita." (N.T. do autor)

“PLANO DE CURSO”

Curso: Ensino de História nas Séries/Anos Iniciais: Memória e a “Alfabetização” do Olhar Histórico.
Ministrante: prof. Esp. Paulo Valério M. da Silva.
Local: CAIC.
Data: 19/05/2011.
Público alvo: Docentes que atuam nas séries/anos iniciais do Ensino Fundamental e demais interessados.
Período: matutino e vespertino.
Carga horária: 20 hrs – 10 hrs presenciais
10 horas de aplicação de sequência didática.
Público participante: 63 participantes ao total.

Introdução e Justificativa:

O desafio do professor é despertar nos seus alunos a necessidade das buscas e descobertas, a curiosidade. É preciso ter como norte da prática docente o “ensino educativo”, ou seja, “um ensino que se realiza por atividades significativas, em um diálogo produtivo entre pensamento e ação, despertando, provocando, a autonomia do ser e do fazer”[1]

Trata-se de conceber o ensino de história, também, como contribuição no processo de alfabetização e letramento dos alunos. No sentido de – dado o caráter interdisciplinar previsto na proposta em questão – efetivar o processo de construção da leitura de mundo, atrelado ao uso social da linguagem e das manifestações dos sujeitos históricos, por meio de atividades que propiciem essa relação interdisciplinar. Tais atividades podem ser viabilizadas via seqüências didáticas.

Estas atividades trabalhadas no cotidiano da sala de aula, de forma interdisciplinar, devem promover a reflexão das diversas identidades e dos diversos grupos aos quais os alunos são parte integrante. Partindo do real, da realidade dos níveis familiar e da escola, por exemplo, é possível expandir para as devidas relações com esferas sociais mais amplas, transcendendo o nível das discussões locais para nacionais ou mundiais.

Muitas questões são pertinentes quando o tema é ensino de História nas séries iniciais: As crianças conseguem operar com os conceitos específicos da disciplina? É possível trabalhar História com alunos de 6 a 10 anos? O professor (a), que não é especialista na área, pode trabalhar com os conhecimentos específicos da disciplina?

A resposta é sim, desde que alguns princípios norteadores sejam levados em conta: “Faz se necessário então o trabalho com a “memória”, em suas múltiplas faces e representações e a (re) alfabetização do olhar, para que os alunos possam se (re) apropriar do conhecimento, não para encontrar novos referenciais, mas para ter um olhar novo sobre eles de forma prazerosa. O ontem dialoga com o hoje de forma comprometida, pontuada de prazer, apontando caminhos novos, em contextos novos, marcados pelo que Bakhtin chama de “grande temporalidade” [2].

Trata-se de educar o aluno desde o início de sua vida escolar para que, no futuro, tenha a possibilidade de refletir a partir de sua própria memória, sua vivência, suas experiências sociais ou mesmo experiências sociais e cotidianas de outras épocas. Faz-se necessário preparar o aluno para perceber “os rastros do passado e que o presente não existe por si só, é resultado, produto de experiências, permanências, rupturas, valores, culturas, ideologias, confrontos, relações interpessoais...”.

Portanto, faz-se necessário o trabalho com os conceitos e metodologias específicas do ensino de História, junto aos docentes que atuam nas séries/anos iniciais do Ensino Fundamental na Rede Municipal de Ensino do Município de Palhoça.

Objetivo geral: Refletir os conceitos básicos da disciplina História – fato, sujeito, tempo históricos - e (re) pensar as práticas pedagógicas que viabilizam o desenvolvimento desses conceitos.

Objetivos específicos:
1) Refletir e trocar experiências;
2) Discutir os conceitos e as possibilidades de construí-los junto aos educandos;
3) Identificar práticas pedagógicas locais;
4) Valorizar o trabalho dos docentes, por meio de diálogo, acompanhamento e suporte;
5) (Re) pensar o ensino de História;
6) Definir e promover o caráter interdisciplinar de ensino da disciplina;
7) Promover a (re) significação da alfabetização e letramento, por meio do trabalho junto à disciplina de História;
8) Pesquisar a realidade docente local para implantar banco de dados, visando o melhor conhecimento da rede em suas nuances pedagógicas, sociais, estruturais, etc.

Ementa do curso
1) O ensino de História nas Séries/Anos Iniciais do Ensino Fundamental: Reflexão da Teoria e da Prática docente.
2) Os Conceitos Norteadores da Ação Docente em Ensino de História.
3) Ensinar História “(Re)Significando”.
4) Princípios Norteadores das Estratégias de Ensino.
5) O Espaço Escolar: Para Além da Sala de Aula.
6) Questões Teórico-práticas:
6.1 – Identidade e Globalização.
6.2 – Memória e “Lugares de Memória”
6.3 – Tempo e Temporalidade.
6.4 – A (Re) Alfabetização do Olhar Histórico.
6.5 – O Papel da Pesquisa e da Construção de Conceitos.
7) Exemplos de Práticas de Ensino de História na Rede Municipal.
8) Pedagogia e Autonomia Docente/Discente.

Bibliografia:
FAZENDA, Ivani C. Arantes. Interdisciplinaridade: História, teoria e pesquisa. Campinas, SP: Papirus, 1994.
FONSECA, Selva Guimarães. Fazer e Ensinar História. Belo Horizonte: Dimensão, 2009.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra: 1996.
FRIGOTTO, GAUDÊNCIO. A Produtividade da escola Improdutiva: um (re) exame das relações entre educação e estrutura econômico-social e capitalista. 4. Ed. São Paulo: Cortez, 1993.
MEKSENAS, PAULO. Pesquisa Social e Ação Pedagógica: conceitos, métodos e práticas. São Paulo: Loyola, 2002.
MONTEIRO, Ana Maria. Ensino de História: sujeitos, saberes e práticas. Rio de Janeiro, Mauadx:FAPERJ, 2007.
NÓVOA, ANTÓNIO (Coord.) Os professores e sua formação. 2. ed. Lisboa: Nova Enciclopédia, 1995.
NÓVOA, ANTÓNIO (Org.) Profissão Professor. 2. ed. Porto: Porto Editora,1995.
PALHOÇA. Secretaria de Educação, Cultura e Desporto. Proposta Curricular de Palhoça: - Educação Infantil e Ensino Fundamental. 2004.
RIOS, Kênia Sousa; FURTADO FILHO, João Ernani (orgs). Em Tempo: história, memória e educação. Fortaleza: Imprensa Universitária, 2008.
Secretaria de Educação Fundamental. Referenciais para Formação de Professores / Brasília. A Secretaria, 2002 – 2ª Ed.Secretaria de Educação e do Desporto. Proposta Curricular de Santa Catarina: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio: Disciplinas Curriculares. Florianópolis: COGEN, 1998.

[1] MONTEIRO, Ana Maria et AL. Ensino de História: sujeitos, saberes e práticas. Rio de Janeiro, Maudax: FAPERJ, 2007. P. 222.


[2] Idem. P. 220

Anexo (slides) -


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