sexta-feira, setembro 11, 2009

Relato da seção "Avançando na Prática" sobre gírias do TP6 - GESTAR II por Joice Porto

A sequência didática sobre gírias foi desenvolvida por uma turma de 6ª série, do ensino fundamental, do período matutino, da Escola Básica Municipal Nossa Senhora de Fátima, e levou cerca de oito aulas para ser totalmente abordada.


Iniciei, a abordagem do assunto sobre gírias, com uma conversa com os alunos. Nesta primeira etapa, sob minha mediação, os alunos participaram bastante e conseguiram entender a noção de gírias e a diferença em relação ao dialeto. Mas durante a etapa da produção, revisão e edição das perguntas e respostas, feita em grupo, observei que alguns dos alunos não levaram muito a sério, e brincaram bastante. Exemplo disto, foi o que aconteceu no dia da produção dos cartazes: três grupos não levaram cartolina (solicitada na aula anterior), e por este motivo, dei outra atividade e pedi para que eles fizessem os cartazes em casa. Mesmo assim, um dos grupos não trouxe o cartaz e não fez a apresentação.


Após a apresentação dos cartazes, comecei a listar, no quadro, as gírias conhecidas e utilizadas pelos alunos. Do lado de cada uma das gírias, anotei o (s) significado (s), construídos coletivamente, depois que eles indicavam ou exemplificavam quais eram as situações de comunicação em que o uso de cada gíria estaria adequada. Nesta etapa, novamente, houve uma participação significativa, pois todos, sem exceção, participaram. Alguns alunos, inclusive, já haviam listado várias gírias em seus cadernos. Outros pesquisaram e trouxeram diversos exemplos que encontraram na internet.


Depois de listar várias gírias, passei no quadro as duas sugestões de produção textual (última etapa da sequência didática), expliquei que eles deveriam escolher uma das duas e produzirem a narrativa no caderno.


Antes de entregar o texto final, sugeri aos alunos, que em dupla, fizessem a revisão e edição dos textos. Nesta atividade, os alunos trocaram os textos entre si, e um leu o texto do outro. Após a leitura, eles deveriam identificar os problemas e “erros” no texto e dar sugestões de melhorias (para auxiliá-los passei, no quadro, alguns critérios de avaliação). Mesmo com esses critérios, a maioria teve dificuldades de apontar os “erros” e fazer sugestões de melhorias do texto do colega. Por este motivo, muitos alunos vieram até a minha mesa para que eu os ajudassem na revisão.


Apesar das dificuldades, de uma forma geral, os objetivos estabelecidos na sequência didática, foram alcançados, e se as etapas de revisão e edição se tornarem frequentes, com certeza, toda vez que tiverem que produzir um texto, os alunos criarão e terão o hábito de ler e revisar seu próprio texto, sem que isto seja uma cobrança ou exigência do professor.